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2012 - Livro Vermelho 2013

Banisteriopsis sellowiana (A.Juss.) B.Gates VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 26-04-2012

Criterio: D2

Avaliador: Diogo Marcilio Judice

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG: Marcelo

Especialista(s):


Justificativa

Banisteriopsis sellowiana é uma espécie restrita à costa arenosa dos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e, possivelmente, Bahia, embora não tenha coleta registrada neste Estado. Apresenta área de ocupação de 28 km², tendo como principais fatores de ameaça a ocorrência em ambientes já altamente degradados por ação antrópica e redução extrema do ambiente. Além disso, a espécie está sujeita a duas situações de ameaças, sendo categorizada como "Vulnerável" (VU).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Banisteriopsis sellowiana (A.Juss.) B.Gates;

Família: Malpighiaceae

Sinônimos:

  • > Banisteria sellowiana ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

A espécie ocorre no bioma Cerrado, nos Estados da Bahia e Rio de Janeiro (Mamede, 2010). Gates (1982) comenta que a espécie é conhecida apenas por ocorrer nas restingas próximas ao Rio de Janeiro, mas coletas foram registradas também para os Estados do Espírito Santo e Bahia.

Ecologia

Liana (Gates, 1982), trepadeira (Araújo et al., 2009). O fruto na maioria das espécies de Banisteriopsis consiste em três samaras que se separaram na maturidade. Cada samara dispõe de uma asa dorsal bem desenvolvida, que é engrossada ao longo de sua margem superior (Gates 1982). Espécie coletada em flor e fruto em outubro (1982).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade high
Detalhes Os remanescentes de no Estado do Espírito Santo, correspondem a 11,07% da distribuição original do bioma no Estado (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Severidade high
Detalhes Os remanescente de no Estado do Rio de Janeiro, correspondem a 18,38% da área original do bioma no Estado (SOS Mata Atlântica; INPE, 2011).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: needed
Observações: De acordo com Biodiversitas (2005) a espécie necessita a proteção de habitats.

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Criticamente ameaçada" (CR) na Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: A espécie foi considerada "Deficiente de Dados" (DD) na Lista vermelha da flora do Brasil (MMA, 2008), anexo 2.

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre na Área de Proteção Ambiental de Massambaba, Rio de Janeiro. Criada em 1986 e administrada pela FEEMA, abrange 76,3 km² de restingas, lagoas e morros baixos. Está situada nos municípios de Saquarema, Araruama e Arraialdo Cabo, em uma área de restinga constituída por um sistema de dois cordões arenosos, coberto em parte por um campo de dunas (Araujo et al., 2009).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre no Parque Estadual da Serra da Tiririca (PEST) está localizado entre os municípios de Niterói e Maricá, no Estado do Rio de Janeiro. Em 2007, os limites definitivos foram estipulados com duas partes continentais (Serra da Tiririca e Morro das Andorinhas) e uma marinha (Enseada do Bananal), numa área de 2.077 ha (Barros et al., 2009).

3 Research actions
Situação: needed
Observações: De acordo com Biodiversitas (2005) a espécie necessita pesquisa em taxonomia e distribuição.

Referências

- DAVIS, C. C.; ANDERSON, W. R. A Complete Generic Phylogeny of Malpighiaceae Inferred from Nucleotide Sequence Data. American Journal of Botany, v. 97, n. 12, p. 2031-2048, 2010.

- ANDERSON, W. R.; ANDERSON, C.; DAVIS, C. C. in Malpighiaceae, University of Michigan Herbarium (MICH). University of Michigan Herbarium (MICH). Disponivel em: <http://www.lsa.umich.edu/herb/malpigh/index.html>. Acesso em: 10 de Dezembro de 2012.

- FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS. Revisão da lista da flora brasileira ameaçada de extinção. Belo Horizonte, MG: FUNDAÇÃO BIODIVERSITAS PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA, 2005.

- GATES, B. Banisteriopsis, Diplopterys (Malpighiaceae). Flora Neotropica, v. 30, p. 1-237, 1982.

- ARAÚJO, D. S. D.; DE SÁ, C. F. C.; FONTELLA-PEREIRA, J. ET AL. Área de Proteção Ambiental de Massambaba, Rio de Janeiro: Caracterização Fitofisionômica e Florística. Rodriguésia, v. 60, n. 1, p. 067-096, 2009.

- BARROS, A. A. M.; RIBAS, L. A.; ARAÚJO, D. S. D. Trepadeiras do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia, v. 60, n. 3, p. 681-694, 2009.

- MAMEDE, M. C. H. Banisteriopsis in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2010/FB008815>. Acesso em: 13 de Agosto de 2011.

- STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C.N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo, IPEMA, Vitória, ES, 2007.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

- FUNDAÇÃO SOS MATA ATLÂNTICA; INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS. Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica: Período 2008-2010. 2011. 122 p.

Como citar

CNCFlora. Banisteriopsis sellowiana in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Banisteriopsis sellowiana>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 26/04/2012 - 18:13:20